União de Hacks
novembro 17, 2015
Anonymous e outros ciberativistas se unem contra o Estado Islâmico
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Nem só de armas se resume a batalha contra o Estado Islâmico. Além dos Estados Unidos, França e demais países ocidentais, o grupo extremista arranjou um outro inimigo e bem diferente daquele que ele está acostumado a enfrentar: o Anonymous. O famoso grupo de ciberativistas comprou essa briga e levou a batalha contra o terrorismo também para o mundo digital e mostra que o mundo online e offline estão interligados até mesmo em questões geopolíticas de combate a atentados como o que vimos na última semana. Só que essa batalha é bem anterior aos ataques em Paris na última sexta-feira (13). Batizada de #OpISIS — ou apenas Operação Estado Islâmico —, a organização contra os extremistas muçulmanos é algo que se desenrola ao longo de todo o ano de 2015. Segundo John Chase, um dos idealizadores dessa força-tarefa digital, tudo começou após os ataques realizados no início de janeiro ao jornal satírico Charlie Hebdo. Desde então, Chase se transformou em XRSone e, ao lado de outros hackers, deu início a uma caçada ao EI para expôr dados e minar os planos do grupo. E eles tiveram vários avanços nesse sentido. Exemplo disso é que, até agora, eles conseguiram compilar mais de 26 mil perfis no Twitter que possuem alguma relação com o Estado Islâmico e criaram um site para divulgar informações de pessoas ligadas ao grupo jihadista. Isso sem falar do ataque a quase 150 páginas e a sinalização de 5,9 mil vídeos. São pessoas do mundo inteiro e que não se conhecem, mas que se juntaram para bater de frente com uma das organizações mais perigosas em atividade. Mas, afinal, quem são esses combatentes? Legião, porque somos muitos Segundo Chase, essa é uma resposta à estratégia que o próprio Estado Islâmico adotou. Muitos dos simpatizantes do grupo são pessoas que acabam sendo recrutadas pela internet. A partir de um enorme trabalho de propaganda, eles atraem jovens do mundo inteiro para lutarem nas suas frentes e o que o Anonymous quer fazer é usar as mesmas armas para dar o troco. O resultado disso é um confronto que se desenrola tanto à vista de todo mundo nas redes sociais como também no submundo da internet pelos becos escuros da deep web. Só que, ao contrário do que muita gente pode imaginar, esses guerreiros digitais estão longe de serem aquela figura estereotipada do hacker que o cinema criou. Nada daquele garoto esquálido trancado em um quarto escuro em meio a dezenas de telas. É claro que deve ter alguns dentro desse perfil, mas não são a maioria. De acordo com XRSone, boa parte desses ativistas são pessoas com algum tipo de experiência em computação, seja em tecnologia da informação ou mesmo especialistas em segurança, além de ex-militares e outros indivíduos que ele descreve como tendo um forte senso de justiça. Com idades e perfis bem variados, todos eles se unem em torno de um único propósito: fazer algo contra o Estado Islâmico.
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